quarta-feira, 6 de junho de 2007

Aplicações

Para o Brasil, detentor de ricas e estratégicas reservas naturais, a perspectiva do desenvolvimento sustentável constitui uma referencia básica a ser incorporada em seu projeto de sociedade da informação. Sob a ótica da sustentabilidade ecológica, coloca-se a importância do domínio das tecnologias relevantes para melhor conhecer, diagnosticar e monitorar as condições ambientais, sobretudo em função da extensão do território nacional, diversidade de ecossistemas e complexidade dos problemas pertinentes. Com apoio das tecnologias da informação e comunicação, é possível criar sistemas e serviços avançados de informação e de prevenção de riscos sobre o meio ambiente, como alertar e criar suporte às políticas publicas, estratégias empresariais e ações sociais. Com as novas mídias e redes eletrônicas, criam-se também condições mais favoráveis para a informação e conscientização publicas a respeito do meio ambiente, da educação ambiental e da cooperação nacional e internacional nessa área, facilitando a implantação de um modelo mais sustentável de desenvolvimento. De maneira geral o projeto está ordenado para atuar de maneira incisiva no desenvolvimento de trabalhos junto às comunidades envolvidas nas regiões selecionadas. Sucintamente pode-se estabelecer quatro área distintas para desenvolvimento operacional do projeto:
  • Identidade Cultural: fortalecimento da cultura local/regional com foco na difusão via internet;
  • Universalização do acesso: facilidades de acesso aos serviços de internet;
  • Capacitação para a Sociedade da Informação: iniciativas de preparação do cidadão e
  • Informações e serviços: disponibilização de serviços e informações ao cidadãos
Conclusivamente, pode-se contemplar atividades diversificadas que representem:
  • Apoio à pesquisas sócio-ambientais desenvolvidas na região;
  • canal tecnológico de comunicação entre a comunidade e o resto do mundo;
  • ferramenta para treinamento e disseminação das TI existentes;
  • divulgação da cultura, costume e atividades sócio-econômicas na internet;
  • registro de informações sobre as atividades das comunidades e
  • monitoramento das atividades governamentais desenvolvidas na região.

Identidade Cultural

Gigantescos acervos de informação sobre os mais variados temas circulam hoje, em escala planetária e de forma acelerada, por meios da internet e das novas mídias eletrônicas. Em um contexto globalizado, o volume de informações disponíveis nas redes passa a ser um indicador da capacidade de influenciar e de posicionar as populações no futuro da sociedade. Assim, a preservação da identidade nacional, na sociedade global, é decisiva para a capacitação em assuntos culturais, artísticos, científicos e tecnológicos, com suas claras dimensões econômicas.
É imprescindível cuidar do uso adequado da tecnologias aumentando a quantidade e a qualidade de conteúdos nacionais que circulam nas redes eletrônicas e nas novas mídias. O amparo às identidades culturais nos novos meios resultará em benefícios evidentes, na forma de incremento da atividade econômica em geral e de desenvolvimento da cidadania.

Universalização do Acesso

Com o advindo da internet surgem um novos questionamentos inerentes a como combater desigualdades e promover a cidadania através da rede. As tecnologias de informação e comunicação ainda não chegam à maior parte da população do planeta, em que pese o ritmo veloz de sua disseminação. Enquanto o mundo economicamente mais desenvolvido encontra-se envolto em um complexo de redes digitais de alta capacidade, utilizando intensamente serviços de última geração, uma parcela considerável da população dos demais países não tem acesso sequer à telefonia básica. O maior acesso à informação poderá conduzir a sociedades e relações sociais mais democráticas, mas também poderá gerar uma nova lógica de exclusão, acentuando as desigualdades e exclusões já existentes, tanto entre sociedades, como, no interior de cada uma, entre setores e regiões de maior e menor renda. No novo paradigma, a universalização dos serviços de informação e comunicação é condição necessária, ainda que não suficiente, para a inserção dos indivíduos como cidadãos.

Capacitação para a Sociedade da Informação

Na nova economia, não basta dispor de uma infra-estrutura moderna de comunicação; é preciso competência para transformar informação em conhecimento. É a educação o elemento-chave para a construção de uma sociedade da informação e condição essencial para que pessoas e organizações estejam aptas a lidar com o novo e, assim, garantir seu espaço de liberdade e autonomia. A dinâmica da sociedade da informação requer educação continuada ao longo da vida, que permita ao indivíduo não apenas acompanhar as mudanças tecnológicas, mas sobretudo inovar. Particularmente nos segmentos sociais de baixa renda e em regiões menos favorecidas, o analfabetismo permanece como realidades nacional. O desafio, portanto, é duplo: superar antigas deficiências e criar as competências requeridas pela nova economia. Nesse sentido, as tecnologias de informação e comunicação podem prestar enorme contribuição para que os programas de educação ganhem maior eficácia e alcancem desta vez maior numero de comunidades e regiões. Para tanto, contudo, é necessário que a capacitação pedagógica e tecnológica de educadores – elemento e indispensáveis para a adequada utilização do potencial didático dos novos meios e fator de multiplicação das competências – tenha paralelo ao desenvolvimento de conteúdo local e em português.

Informações e Serviços aos Cidadãos

Digamos como o Governo ao alcance de todos, com administração transparente, eficaz e centrada no cidadão. Essa é a grande contribuição que as tecnologias de informação e comunicação podem dar ao relacionamento do governo com os cidadãos. Emissão de documentos, prestação de informações ligadas aos serviços públicos, acompanhamentos das ações de governo e condução dos negócios públicos. A possibilidade de acesso aos serviços, de participação nas decisões e acompanhamento dos atos governamentais por parte de todos os cidadãos, portanto, impõe a adoção de meios e métodos digitais por parte do governo, em todos os poderes constituídos e níveis governamentais, do emprego das tecnologias de informação e comunicação em benefício da eficácia, responsabilidade, transparência e governança.

Nenhum comentário: