quarta-feira, 6 de junho de 2007

Justificativa

Como acontece em toda região amazônica, os rios do Amapá são os principais caminhos utilizados pela população. O rio Amazonas e seus afluentes constituem a base fundamental de sustentação do transporte interno, integração regional e desenvolvimento estadual. Outros fatores decisivos para utilização fluvial como principal meio de transporte residem na diversidade geográfica, extensão territorial e baixa densidade demográfica, que inviabilizam investimentos de porte no sistema de transporte terrestre.

Nesse cenário de diversificação ambiental, peculiaridades no sistema de transporte e dificuldades no atendimento em larga escala dos serviços de comunicação no interior, encontram-se inseridas várias vilas de moradores, povoados e comunidades ribeirinhas, isoladas em localidades remotas que necessitam ser inseridas na odisséia digital referendada pela internet, objetivando a minimização do distanciamento cultural já existente.

As disparidades socioeconômicas entre regiões continuam sendo questão fundamental no Brasil. Nesse ponto, as tecnologias de informação e comunicação são, a um tempo, oportunidade de redução de disparidades e risco de agravamento da situação atual. Ao sabor do mercado, sem um política que proporcione igualdade de oportunidades de acesso a essas tecnologias, haverá concentração ainda maior da utilização dos novos meios nas grandes empresas e segmentos sociais de renda mais elevada, nos centos urbanos mais populosos. A tecnologia pode ser mais elemento que integra, por reduzir distancias, tempos e custos. Por meio dela, pequenos negócios podem desenvolver afinidades econômicas, ganhar visibilidade global e conquistar mercados. Viabilizando-se os negócios, dão-se condições para que pessoas e empresas possam se estabelecer onde desejarem e tirar partido das características e potencialidades regionais.

Em um mundo em que conhecimento, informação, criatividade e inovação são fatores de riqueza, a diversidade cultural é para ser reconhecida e explorada como fator de vantagem competitiva. Na base do desenvolvimento equilibrado do País, portanto, deve estar a consecução de ações locais, orientadas para o aproveitamento das diversidades e especificidades de cada região. Nesse sentido, pela maior proximidade de governos estaduais e municipais em relação ás demandas da sociedade e das comunidades, o seu envolvimento na definição de estratégias e no planejamento dos seus desdobramentos é importante.

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